Faces da Morte

Toda história se inicia com a vida de uma criança. Todo o começo de nossas experiências se iniciam em corpos inocentes, com almas limpas. A capacidade de presenciar atividades sobrenaturais aumenta, tornando tudo à nossa volta um terror absoluto, nos torturando com assuntos inacabáveis e vidas destruídas de modo temível.

Era uma vez uma criança, exilada da vida social se sentindo diferente de todos. Se escondia dos problemas e das perguntas, se escondia de um mundo diferente e cheio de complicações, se escondia do improvável. Todos os dias mantendo a distância de todas as pessoas – menos algumas para as quais podia sinceramente contar todos os segredos e todos os seus medos interiores. Pessoas que já não vivem, pessoas amigas, pessoas que acompanhavam-na durante noites em claro. Que a faziam sorrir com conselhos amigáveis e mostravam à ela segredos que nunca poderia saber.

A vida da pequena Mari era cansativa. Muitas vezes não conseguia dormir noites inteiras, apesar disto conseguia boas notas na escola, conseguia se animar e sorrir para os outros ao seu redor, mas sentia que nunca iriam compreendê-la. Em sua cabeça as vozes de diversas amizades que tinha com o mundo sobrenatural chegavam em desordem nos dias de chuva e sol.

O que nos leva a falar sobre Lucy. Lucy era a melhor amiga de Mari em todos os sentidos: era meiga, a se vestia como uma boneca em forma de menina. Feita de espírito era a melhor companheira de Mari, sempre brincavam juntas como duas irmãs o tempo todo.

Mas tudo o que é bom termina com pesadelos. Por meio de seus piores sonhos, criaturas assustadoras atormentavam Mari todas as noites. Muitos dos sonhos relatavam a morte. A morte será o fim da caminhada de todos, mas será mesmo o fim? Porque as pessoas nunca se vão? Pobre da criança que vê todos com inocência nos olhos, pobres dos velhos fantasmas que agora vagam na terra esperando por toda a eternidade, presos e condenados para todo o sempre.

Por: MHARY