A História de Terror “O Presente” foi publicada com base na tragédia ocorrida no dia 13/03/2019 na cidade se Suzano em São Paulo, onde um aluno entrou armado em uma escola e matou 10 pessoas que estavam no estabelecimento. LUTO!
“Aquela vaca! Eu estudei tanto, caprichei e ela me descontou até uma vírgula a mais que escrevi no trabalho!? Isso não vai ficar assim!”, pensou César.
César, um adolescente de 16 anos e estava revoltado com a nota dada pela professora de Português, Dona Deyse. Mas, ainda assim, um ótimo aluno!
Seu boletim era impecável, sempre com notas muito acima da média. Passava de ano com muito louvor e se orgulhava disso. Afinal era seu todo o mérito! Mas, aquela “vaca velha” (como ele passou a tratá-la mentalmente) teve a ousadia de lhe dar um “C” num trabalho!
“Como essa velha se atreveu? Como pôde?”, ele pensava.
Com ódio no olhar e inconformado, César dirigiu-se a professora Deyse e questionou-a quanto a sua nota. A Professora, sem mover um músculo do rosto, sentada em sua cadeira, no lugar reservado para o mestre, apenas olhou-o por cima dos óculos e disse que ele teve a nota que mereceu e q voltasse ao seu lugar. César sentiu-se muito mal e mais chateado ainda ficou, quando constatou que alguns de seus colegas medíocres, tiraram notas maiores q a dele e ainda o “zoaram”. Então, ao final da aula, foi para casa.
Assim que chegou, bateu a porta e foi para o seu quarto agradecendo aos céus por seus pais estarem fora. Não queria falar e nem ver ninguém! Ele estava com muita raiva e maquinava sua vingança. Apesar de Dona Deyse ter sido justa na sua avaliação, ele ainda não se conformava.
Já em casa, preparando a aula do dia seguinte, Dona Deyse se lembrou de César. Intimamente até se sentiu satisfeita por ter lhe dado uma nota regular, afinal de contas, fazia parte do aprendizado uma coisa chamada humildade.
Em casa César só pensava em vingança, enquanto mordia-se de raiva. Dizia consigo mesmo que iria se vingar da velha bruxa e que ela não se esqueceria dele.
No dia seguinte, já em sala de aula, a turma de César estava concentrada num exercício de Língua Portuguesa, enquanto a Professora Deyse escrevia em seu diário escolar. O silêncio reinava naquele local. César então, se levantou e dirigiu-se a mesa da professora. Ela olhando-o seriamente perguntou o que ele queria.
– Eu tenho um presente pra te dar – ele respondeu.
Por conseguinte, abriu a mochila e tirou um revólver calibre 38. O velho revólver que seu pai escondia numa caixa em cima do guarda roupa. Dona Deyse levantou-se lentamente e disse para que César largasse a arma devagar… César apontava o revolver para ela e para a turma e ria um riso doente.
– NÃO VÃO RIR DE MIM AGORA?! E A SENHORA SUA BRUXA VELHA!?
NUNCA MAIS ME DARÁ UMA NOTA DE MERDA DESSAS!!! – gritou apontando o revólver para ela.
Com as mãos trêmulas, rapidamente levou o revólver ao céu da boca e acabou com sua vida disparando-o ali na frente de todos! Pedaços de massa encefálica e respingos de sangue sujaram o quadro negro e o rosto da professora Deyse que caiu de joelhos enquanto gritava em choque, assim como estava também a turma inteira.
Logo os gritos e o estampido atraíram outras pessoas que viam o corpo de César ali, inerte numa poça de sangue …
Mais tarde, a polícia mais tarde um bilhete dentro da mochila de César que dizia:
“SEU PRESENTE PROFESSORA DEYSE, SERÁ CARREGAR ESTA CULPA!”
História de Terror escrita por Silvia Restani
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