Acredita-se que um boneco cigano com mais de 200 anos descoberto debaixo de uma casa em uma pequena cidade do interior esteja possuído. Walton, que descobriu o boneco em 1972, acredita que o estranho boneco está possuído pelo espírito de um jovem que se afogou há mais de duzentos anos na Europa.
A saga sobrenatural começou há mais de trinta anos, quando o Sr. Walton – voltando à sua cidade natal para o funeral de sua avó – decidiu deixar de lado o medo que tinha na infância de uma antiga casa assombrada.
Um ávido colecionador de garrafas velhas, ele rastejou sob os antigos pisos da longa moradia deserta, e com uma tocha na mão – colocou de lado poeira e teias de aranha em busca de antigos tesouros feitos de vidro.
De repente, a tocha iluminou um rosto – um rosto que fez seu sangue todo gelar.
“O que eu encontrei, parecia uma criança morta”, explicou Walton. “Eu pulei de medo e quase desmaiei quando minha cabeça bateu em uma viga do chão.”
Evitando olhar para aquilo, o Sr. Walton se aproximou e descobriu que o objeto era na verdade um boneco, mas uma boneco terrível.
“Suas roupas se desfizeram em minhas mãos”, disse ele. “O que eu não consigo entender é que a casa foi inundada muitas vezes ao longo dos anos, então por que as roupas não pareciam ter sido lavadas, ou até mesmo molhadas?”
Estranho, mas ainda mais incomum foi a demolição repentina da casa abandonada menos de um mês depois que o boneco foi removido do local.
“A casa estava parada há mais de cem anos e, de repente, foi posta abaixo”, disse Walton. Era quase como se o boneco soubesse o que estava prestes a acontecer e dirigiu minhas ações para que eu o tirasse de lá. Eu achei isso muito estranho.”
Mas talvez o aspecto mais inexplicável do achado foi a presença de um cérebro de verdade dentro da cabeça do boneco.
“Quando se levanta o topo da cabeça do boneco – há um cérebro”, disse Walton. “Tem a cor de um jornal molhado.”
Depois de colocar o boneco em um saco e carregá-la para sua van, Walton e seu irmão partiram para uma longa viagem de volta para casa.
Eu estava cochilando no banco do passageiro quando meu irmão me cutucou e disse que o boneco estava fazendo barulho. Eu ouvi com atenção, e consegui ouvir o saco remexendo no compartimento atrás do veículo. Meu irmão estava muito abalado, e eu tive que assumir a condução, apesar de também estar muito nervoso.
O choque seguinte veio quando Walton chegou em casa e viu o estado em que estava o boneco.
Em seguida, seus parentes lhe disseram que se sentiam repelidos pela figura – “do jeito que seus olhos seguem você o tempo todo”, afirmou um deles.
Os filhos de Walton brincaram com o boneco durante o dia, mas quando ele foi deixado em seu quarto de noite, eles acordaram gritando e o homem foi forçado a guardar a efígie no porão de casa.
Por quase cinco anos foi onde o boneco ficou, até que ele decidiu levá-lo para um museu em Sydney.
Começou a chover muito quando o boneco foi colocada no carro. Walton logo aprenderia que isso aconteceria sempre que tirasse o boneco em público.
Em Sydney, especialistas entusiasmados do museu disseram-lhe que o boneco tinha entre 170 e 250 anos, obra de um artesão cigano romeno.
Ciganos da época acreditavam fortemente na transferência espiritual e na criação de bonecos através das quais uma alma humana poderia tomar santuário após a morte.
Aprendendo a idade e a raridade do objeto, Walton pensou que poderia obter um dinheiro bom, e anunciou o boneco para venda.
Recebendo uma oferta generosa, ele colocou novamente o boneco em seu veículo – na chuva – e partiu para a residência do comprador, mas ao chegar não conseguiu sair do carro.
“Eu estava colado ao meu assento. Não importa o quanto eu tentasse, eu não conseguia me mover.”
Como se sentindo os problemas financeiros de Walton, o boneco rapidamente se tornou uma celebridade de talk-show. E em uma ocasião, o apresentador de um programa matutino organizou uma consulta entre o boneco e um médium altamente conceituado.
“Quando o boneco chegou ao meu escritório (na chuva) uma pintura imediatamente caiu da parede e o relógio imediatamente parou”, disse o médium.
A equipe de filmagem se organizou e eu coloquei o boneco no meu colo. Então, lentamente, o boneco moveu sua cabeça.
“Você conseguia ouvir a madeira rangendo assim que ele virou e olhou diretamente para a câmera. Um dos cinegrafistas ficou morto de medo e fugiu pela porta dos fundos. Todo o evento foi transmitido para milhares de telespectadores.
Quando me sintonizei com o boneco, descobri que a alma de um menino de seis anos estava presa dentro daquele corpo de madeira. A criança teria se afogado durante uma tempestade em uma área isolada da Romênia. Seu pai, tomado pela dor, criou uma figura em tamanho real em prontidão para a cerimônia de transferência da alma.
“A criança está presa há séculos. Ele está confuso e assustado”, disse o vidente à audiência de televisão. O boneco foi trazido para a Austrália por um imigrante, e guardada no porão de uma casa.
Quando uma revista nacional publicou a história sobre o boneco e as revelações do médium, um grupo de investigadores paranormais americanos viajou para a Austrália para realizar uma sessão espírita – e a efígie inesperadamente falou através deles, e confirmou tudo o que o médium local havia declarado.
“Os americanos me disseram que eu nunca seria capaz de me livrar do boneco”, disse Walton. “Pelo menos isso explica porque não pude sair do carro naquele dia.”
Impressionados, os americanos queriam desesperadamente colocar o boneco no lucrativo circuito de talk-show dos EUA, mas Walton recusou – concordando com um pedido de um famoso astrólogo australiano para realizar uma turnê nacional.
Em um show, mais de 200 pessoas assistiram enquanto a chuva caía do lado de fora. “Tínhamos colocado o boneco no palco e a multidão estava começando a se reunir quando de repente uma mulher começou a gritar”, lembrou Walton.
Então, quando a multidão abafada olhou, o boneco moveu sua cabeça.
“Em raras ocasiões, eu realmente vi o boneco se mover”, disse ele. Por muito tempo eu o mantive sentado em uma cadeira de balanço velha lá em cima. Seus braços e pernas se moviam por conta própria.
“Outra vez tivemos comerciantes se recusando a entrar na casa, mesmo que não tivessem ideia de que o boneco morava naquela casa”, acrescentou. “Eles simplesmente sentiram uma presença maligna e se recusaram a entrar.”
A esposa de Walton insiste que o boneco também possui a estranha habilidade de alterar sua aparência física.
“Alguns dias eu o visito e ele parece muito triste”, disse ela. “Outros dias ele parece feliz e sorridente. Eu sei que parece estranho, mas ele muda suas expressões faciais.”
