A Visita

por Mundo Sombrio
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Assim que mudei para minha casa nova, comecei a presenciar episódios estranhos em um curto espaço de tempo, alguns sem nenhuma lógica plausível. Mas eu, fielmente, como uma boa agnóstica, dizia para mim mesma que qualquer fato que acontecesse as leis da física explicariam e nada mais.

Alguns desses fenômenos eram clichês dos filmes de terror, como janelas e portas abrirem e fecharem sozinhas. Outras vezes, luzes piscavam e a temperatura do ambiente tinha quedas bruscas, em frações de segundos. Porém existia apenas um acontecimento que infelizmente me fazia perder o sono e arrepiava até o fundo das minhas entranhas: era uma sensação perturbadora que vinha pela madrugada. Para tentar ser mais exata, próximo às 5 horas da manhã. Independentemente do clima, se eu dormia só ou acompanhada, todos os dias, durante um mês, eu acordava após às 5 horas da manhã sentindo meu corpo subitamente arrepiado; os calafrios duravam de 10 a 20 minutos depois que acordava.

Cansada de toda a situação, decidida a desvendar o mistério e a trazer para mim mesma a paz e o descanso, resolvi por meu celular para despertar um pouco antes das 5 horas. Assim o fiz, preparei-me para dormir e, antes que pudesse adentrar ao mundo de Morfeu, acertei o despertador às 04:57 para vibrar, deixando o celular próximo ao meu rosto para que fosse mais fácil acordar. E, antes que pudesse sentir ansiedade pelo que aconteceria, adormeci.

04:57. Senti o celular estremecer próximo ao travesseiro. Resolvi não fazer barulho, apenas desliguei o despertador. Em dias de lua cheia, geralmente deixava a janela aberta para o luar adentrar no meu quarto, assim era mais confortante. Era…

Madrugada adentro, apenas o som dos grilos, momento ou outro um miado ou latido na rua. Nada acontecia, além do silêncio ensurdecedor. Decidida a voltar a dormir, um som me fez voltar a ficar atenta: passos do lado de fora do quarto vinham em direção à casa. E esses passos passaram a ser ouvidos do lado de dentro, para ser mais clara na sala. A porta do meu quarto abriu, mas não tinha ninguém, não havia nada ali. No mesmo momento em que metade da minha mente brigava comigo dizendo que era apenas o gato ou o próprio vento, a outra metade gritava que algo estava errado; de onde viria os calafrios e a sensação de ser observada?

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A intuição que implorava que algo estava errado acertou, no momento em que um odor junto a uma respiração surgiu. Comecei a observar todo o canto do quarto e, antes que pudesse esperar, próximo a minha cama encontrei o autor das péssimas noites de sono.

Um espectro negro me observava, venerando-me. Meu medo surgiu de minhas entranhas para fora do meu corpo, acreditando que as leis da física não eram donas do que estavam acontecendo durante as noites.

Ficamos nos encarando por breves segundos, podendo observar seus olhos arregalados, o seu tamanho, sua respiração e, claro, o seu odor. Não era um humano encarnado, havia chegado nessa conclusão ao reparar seu tamanho e cor dos olhos, até mesmo pelos seus dentes e orelhas. No entanto, antes que eu pudesse tomar qualquer iniciativa, fui interrompida por um sussurro, o qual quebrou o silêncio:

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Que pena, você deveria estar dormindo!

Por: Lorraina Costa

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4 comentários

CARLOS HENRIQUE MELO GUEDES 7 de maio de 2020 - 13:15

N0ssa Senhora….

CARLOS HENRIQUE MELO GUEDES 7 de maio de 2020 - 13:16

Nossa Senhora….que história assustadora !!!!

CARLOS HENRIQUE MELO GUEDES 10 de novembro de 2020 - 03:57

N0ssa Senhora….

CARLOS HENRIQUE MELO GUEDES 10 de novembro de 2020 - 03:57

Nossa Senhora….que história assustadora !!!!

Comentários fechados.

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