O Bazar

por Mundo Sombrio
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o bazar história de terror
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Um homem observa que há uma pequena aglomeração formando-se em uma das casas da rua. Percebe que há várias pessoas próximas a alguns objetos que parecem ser de um bazar público. Quando chega próximo o suficiente, nota que existe uma placa com as seguintes informações:

Tudo por apenas cinco reais. Leve qualquer coisa que goste. Talvez, encontre algo que seja do seu interesse ou que já foi importante para alguém e agora pode ser seu.

No início, o homem não pretendia levar nada, pois apenas estava curioso observando as velharias e olha que existiam várias delas, tipo coisas que encontrava na casa dos seus avós quando era uma criança. Há vários discos, aparelhos e sucatas que nem imaginava quais suas funções. Além das coisas acabadas, algo chamou a atenção do homem: ninguém estava recebendo os pagamentos. Em todas as mesas havia apenas um prato e as pessoas que levavam algum dos utensílios, deixavam a grana dentro deles.

O sujeito não acreditou quando encontrou uma guitarra autografada por sua banda predileta. Ela estava encostada em uma mesa, parecia estar bem conservada e, como todos os objetos, encontrava-se com a etiqueta “apenas cinco reais”. Olhou em todas as direções para ver se encontrava mais alguém interessado, pegou a sua carteira e viu que não tinha dinheiro suficiente. Ficou um pouco frustrado, pois imaginou que quando chegasse em sua casa e pegasse o resto do dinheiro para ter a posse da guitarra, não a encontraria mais ali. Mas, logo em seguida, uma pessoa chamou a atenção dele.

Um velho aproximou-se bastante animado, usando roupas esfarrapadas e uma touca na cabeça. A figura mais parecia um mendigo e tinha aquele cheiro de hortelã, dos perfumes que quase todos os idosos usam. O idoso parecia procurar algo diante das velharias, mas ficou forçando uma cena até que engraçada para o homem que observava, em razão de que aquela figura não se interessava por aquelas coisas, que pareciam ser mais da época em que ele era jovem. Então, o velho aproximou-se do homem e disse:

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-Muito legal esse lugar, tem várias coisas interessantes, contudo, nada me agrada… O que realmente quero, não dá para conseguir aqui. Vim apenas por conta da multidão e paquerar as senhoras – A figura falava com um olhar estranho e mexia em alguns utensílios.

-Ah, tá bom, boa sorte! A sorte que eu não tive, pois não possuo dinheiro no momento, mesmo que apenas cinco reais, infelizmente – o rapaz respondeu ao velho um pouco irritado.

-Bem, você faz por mim e eu faço por você. Não é mesmo, jovem? – Ele respondeu ao homem como se tivesse lhe propondo algo.

-Não faço ideia do que você está falando. Poderia ir direto ao ponto? – o sujeito deixou escapar em um tom mais sério.

-Relaxa, queria apenas lhe dar dez reais. Talvez você tenha algo que me interessa, já que eu não encontrei aqui – o anoso disse enquanto pegava uma nota de dez reais em sua carteira. Esta, parecendo ter sido feita hoje de tão nova que estava e com um brilho tão forte quanto o sangue ao ser iluminada pela luz do Sol.

-É muita gentileza da sua parte, mas não acho que tenho nada que lhe interessaria em minha casa. Todavia irei aceitar o dinheiro e prometo lhe pagar da próxima vez em que nós nos encontrarmos.

Ele então, pegou o dinheiro e colocou-o em um prato. Tomou posse da guitarra e saiu deixando aquela figura que ficou apenas lhe observando partir.

Assim que chegou em casa, o homem entrou e foi direto ao seu quarto onde guardava outras guitarras. Essa era a única assinada por sua banda predileta. Após pendurar o objeto e arrumá-lo junto aos demais, o sujeito foi ao encontro de sua esposa e de sua filha que, nesse momento, deveriam estar almoçando.

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Mas, algo deixou o homem perplexo. Esparramada pelo chão, havia uma grande quantidade de sangue. Ele seguiu aquele rastro pela casa até chegar à cozinha e deu de cara com uma poça enorme daquele líquido vermelho que parecia fresco, pingando de cima da mesa e do canto da cozinha. Em cima de uma estante havia um papel com as seguintes palavras:

Foi muito bom negociar com você.


ESCRITO POR: Sinistro

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