Não entre na Casa

por Mundo Sombrio
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Na noite chuvosa do verão de 1999, três amigos saíam da Cidade de Vermont no Estado de São Paulo, com destino a Belos Mares, em Santa Catarina.

O objetivo de Jack, Sebastian e JP, era de se encontrarem com Eric e Buld naquela Cidade.

Todos eram amigos de infância, e se separaram quando deixaram a Cidade natal.

Jack, Sebastian e JP moravam agora no Estado de São Paulo e Eric e Buld em Santa Catarina onde Eric era policial e Buld segurança particular.

Sebastian, dirigia melhor do que todos, mas naquela noite preferiu que Jack fosse conduzindo o veículo.

Jack, o motorista, era aventureiro que curtia carros e trabalhava em uma oficina mecânica em Vermont.

JP estava no banco de trás. Ele havia se formado em gestão Ambiental e, estava agora gerenciando uma multinacional sediada no Estado de São Paulo.

Jack, seguia firme na direção, enquanto conversava algo com Sebastian que segurava o copo de uísque com gelo nas mãos, no banco de passageiro.

JP dormia no banco de trás.

Já atravessando a divisa de Estados, deixando o Estado de São Paulo e adentrando ao Estado do Paraná, após passarem a imensa ponte da enorme represa que divide os dois Estados, por um momento de descuido, saíram da rota, adentraram então em um desvio na Rodovia Salvira, em Cárpoles. A sombria Cidade das histórias de horrores no Estado do Paraná.

A Rodovia Salvira, a exemplo da Clinton Road em West Milford, nos Estados Unidos, era conhecida de todos na pacata Província de Cárpoles, por suas histórias de bruxarias, conflitos de mortes, suicídios, pactos de sangue e outras lendas urbanas.

JP então despertou e disse assustado:

—Onde vocês estão? Olhem aqui no mapa, eu adormeci! Vocês se desviaram completamente da rota! Caramba Sebastian! Você está bebendo demais cara – disse o motorista, visivelmente irritado.

— “Pô Jack”, eu estou bebendo, mas você está dirigindo cara, se liga!

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Após adentrem no desvio da Estrada Salvira, se viram então perdidos e obrigados a reduzir a velocidade do carro.

Eis que surge pavorosamente aos gritos, uma moça morena de cabelos negros e longos pedindo socorro.

Bem próximo dali, avistava-se uma enorme e antiga residência ao lado de uma ponte, conhecida por alguns como: “ponte do silêncio”.

Os portões da casa eram muito altos e havia uma vasta vegetação cobrindo a fachada, dando um ar de escuridão e anonimato ao local.

— Vamos pedir ajuda naquela casa – sugeriu JP, ao que prontamente se ouviu os gritos desesperados da moça como que em resposta:

— A casa não! A casa não! A casa não!

Disse isso e de repente, desapareceu no mato adentro, em direção a casa e não mais conseguiram avistá-la.

Eles se desesperaram por não poderem retornar, já que a gasolina estava quase no fim.

Discutiram um pouco mais e foi então que Sebastian sugeriu que entrassem na velha casa de qualquer jeito.

Eles refutaram a ideia e Sebastian partiu sozinho.

Após mais de duas horas, só se ouvia o cantar de corujas, grilos e outros sons noturnos.

Os amigos então exaustos e cansados de esperar, resolvem também adentrar na antiga mansão. Embora o portão fosse alto e estivesse fechado, estranhamente ao se aproximarem ele se abria e após estarem do lado de dentro ele se fechava automaticamente sozinho.

Enquanto Jack adentrou na casa à procura de Sebastian, JP ficou do lado de fora.

No interior da sombria mansão Jack ouvia sons de piano e barulho na escada, embora não tivesse ninguém na residência. Ele gritou diversas vezes por Sebastian, mas não obteve respostas.

De repente, um corpo rolou escada abaixo todo ensanguentado. Era o corpo de Sebastian, e Jack deixou o interior da residência aos gritos:

“Meu Deus, socorro! Que diabos está havendo aqui, Sebastian está morto JP!”

Mas ao sair para o lado de fora, ele avistou Sebastian ao lado de JP, ele parecia um pouco cansado sem se recordar de muita coisa, mas estava ali ao lado de JP.

Jack relatou o que vira, mas os amigos não acreditaram nele e então Sebastian disse a JP:

— Vamos JP entre também na casa! Vamos ver o que tem ali.

JP olhou fixamente para os dois e percebera que Jack também estava com um olhar cansado e quase apagando, então disse a eles que iria esperar mais um pouco.

Nesse momento, ouvia-se mais barulhos vindo do interior da casa, parecia um tilintar de sinos, depois piano novamente, um grito agudo de criança e por fim risadas de homens que pareciam estar em uma partida de pôquer.

Sebastian e Jack se afastaram e chegaram, próximos à ponte da imensa represa.

JP permanecera ali próximo a uma antiga capela que existia ao lado da velha mansão.

O tempo passou e os dois amigos não retornavam.

JP então, foi até o imenso portão por onde haviam entrado, para tentar buscar ajuda, mas o portão não mais se abriu, nem mesmo com chutes, pauladas, arames e outras tentativas.

Então ele gritou o nome dos amigos, gritou por socorro, mas não fora correspondido.

O tempo passava e seu medo, seu desespero e sua curiosidade se aguçavam ainda mais.

Depois de um bom tempo, resolveu adentrar na casa, pois após procurar os amigos por todos os cantos, eles agora só poderiam estar no interior da residência.

JP adentrou na casa, ouviu os mesmos barulhos: o piano começou a tocar sozinho, gritos de criança foram ouvidos e parecia que elas corriam pela casa.

Nesse instante, dois corpos desceram rolando com sangue da escada: eram Sebastian e Jack e ele então deu um grito insano e desesperado e deixou o interior do casarão.

Ao lado de fora, acreditando agora que Jack poderia estar certo do que havia contado a eles quando entrara na casa, JP chama pelos amigos em desespero. Mas não há nenhuma resposta.

As três horas da manhã os portões gigantes se abrem e um veículo prata de luz forte adentra à residência.

Ele avistou Eric e Buld, os amigos que esperavam por eles em Belos Mares no Estado de Santa Catarina.

JP então, disse assustado:

— Meu Deus! Ainda bem que vieram aqui. Mas como sabiam que estávamos nesse lugar, se vocês estão há mais de quinhentos quilômetros de distância? -perguntou estupefato.

 Eric então respondeu:

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— Não se preocupe com isso agora, imaginei que pudessem ter se enroscado aqui nessa casa. Esse lugar é amaldiçoado e já fez muitas vítimas, mas isso não importa agora, vamos procurar por Sebastian e Jack.

Buld intrigado disse que iria entrar na casa, desse no que desse e fez isso mesmo. Sem pensar muito, adentrou na sombria mansão e não mais retornou.

Eric, analisara toda a história relatada por JP e decidiu que era melhor ficar ali por enquanto, mas JP começou a ter um tipo de convulsão e falar coisas desconexas, sentindo uma forte vontade de retornar para o interior da residência, mas Eric o conteve e o amarrou ao pé de um pilar ao lado da capela e ele adormeceu.

O Reverendo Charlie que havia prometido que nunca mais adentraria na antiga e sinistra mansão dos Fosters após ser tachado de louco pelas pessoas do lugar, ao contar a história de Dennis Foster, a menina morena que havia matado seus pais em um ritual satânico e de bruxaria na casa, entregando-se à entidade chamada NOMAM, passava pelo local às 5:45 da manhã e avistou os amigos cansados e abatidos ao lado de dentro. Eles estavam presos lá à procura dos dois amigos.

O padre então aproximou-se, jogou um cigarro que trazia no canto da boca, o portão se abriu e ele entrou.

Sentindo o perigo que os rapazes corriam naquele momento, ele iniciou um ritual pesado de exorcismo e nesse momento houve um vento forte e uma tormenta que jogou o padre com força para trás. Vozes agudas foram ouvidas e antiga residência começou a pegar fogo em todos os cômodos.

Eric e JP gritaram por seus amigos.

Mas o padre disse:

“eles estão bem, saiam da casa agora”.

JP chegou até o carro e os portões foram fechados novamente.

Ao saírem em direção à rodovia Salvira, eles não sabiam se de fato Eric e Buld estiveram ali, pois não havia outro carro além do deles no lugar.

E Sebastian então perguntou:

“Por que vocês demoraram tanto?

 Então, avistaram novamente a moça morena que pulou na frente do veículo e disse:

“Eu avisei… A casa não, a casa não!”

História de Danilo Seraphim.

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