Mulher leva cadáver ao Banco para fazer Prova de Vida em São Paulo

por Mundo Sombrio
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Através de imagens de circuito interno de um banco e também de um condomínio, a polícia conseguiu resolver um estranho caso que aconteceu no interior paulista.

Uma mulher levou o “companheiro” morto ao banco para poder movimentar a conta dele e ter acesso à sua aposentadoria. Ela jura que ele estava vivo no momento, mas mesmo assim, foi indiciada por estelionato e manipulação de cadáver.

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O crime que surpreendeu até a polícia, aconteceu em Campinas, a segunda maior cidade de São Paulo. Envolvidos estão, uma mulher de 58 anos, que esconde o rosto nas imagens captadas pelas câmeras da reportagem feita pela Record TV e um policial civil aposentado de 92. Ela se chama Josefa de Souza Matias e relatou que os dois viviam uma relação havia dez anos. Uma relação que virou um caso de polícia depois que ela levou Laércio, o “marido”, até a agência bancária do centro da cidade.

José Henrique Ventura, o delegado que apurou o caso, disse:

“É uma circunstância muito diferente porque a questão foi levar um cadáver ao banco para fazer prova de vida, ou seja, fazer prova de vida com uma pessoa já morta. Quer dizer eu acho que isso é inédito né?”

A mulher sempre levava o aposentado numa cadeira de rodas para sacar dinheiro na agência bancária. Foi o que funcionários do banco contaram à polícia. Mas desta última vez, Josefa chegou lá com o aposentado sem vida, tentou movimentar a conta dele sem ter senha ou procuração, e tentou usar o corpo do aposentado como prova de vida. Um laudo indicou que Laércio morreu antes de entrar na agência.

“Pelo estado do cadáver no horário do exame e, levando-se em conta 12:20, que foi o horário que isso aconteceu no banco, o legista estima que o cadáver já tinha pelo menos 12 horas.”

Josefa e Laércio moravam no mesmo Edifício, mas em apartamentos diferentes. Na delegacia ela disse que eles viviam como um casal, apesar dos 34 anos de diferença. Seria uma união estável que já durava mais de uma década, nas palavras dela:

“União estável. Casados, há muitos anos. Há mais de onze anos que eu sou casada com ele.”

Porém, o delegado, após investigar as informações dadas pela mulher, disse:

“Ela inicialmente alegou que tinha um relacionamento estável com ele há 10 anos, mas depois com as oitivas, foi esclarecido que, na realidade, ela mora em um apartamento vizinho ao dele e que várias vezes o auxiliava.”

Um casal de vizinhos, que virou testemunha do crime, chegou acompanhá-la até a agência, pois Josefa queria ajuda para levá-lo até o banco, como contou por telefone:

“Ele saiu com vida. E ele foi fazer a prova de vida no banco, entendeu? Ele se sentiu mal e veio falecer dentro do banco. Mas não houve nada, assim, de errado. Está tudo certo. Está tudo, ok.”

Dentro do banco, naquele dia, Josefa parecia estar ansiosa. Tinha pressa para movimentar a conta do aposentado. Para quem estava no caixa atendendo ela disse que Laércio estava passando mal. Assustados os funcionários chamaram o Resgate. Socorristas examinaram Laércio e concluíram que ele havia morrido bem antes do que foi dito por Josefa.

A advogada de Josefa disse que há um documento que comprova união estável e que a morte do idoso teria acontecido no hospital duas horas depois da ida ao banco.

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Segundo a advogada:

“Eu tenho aqui em mãos tanto a declaração de óbito quanto a certidão de óbito constatando que no dia 2 de outubro desse ano, o senhor Laércio veio a óbito às 14:20 no pronto socorro Mário Gatti.”

Josefa foi indiciada por estelionato e por vilipêndio de cadáver – que é a manipulação desrespeitosa de um corpo.

Laércio era viúvo e não tinha filhos. Nenhum parente procurou a polícia para falar sobre o caso.

Imagens: Record TV

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