Eu Não Acredito em Fantasmas

por Mundo Sombrio
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Arthur era um garoto de apenas catorze anos, porém acreditava ser muito mais corajoso que outros de sua idade. Em todas as oportunidades possíveis costumava bater no peito e dizer que não possuía nenhum medo e que fantasmas e coisas sobrenaturais não existiam.

Como seus amigos não lhe davam muita atenção quando ele entrava nesses assuntos, ele tratou de propagar sua verdade na internet.

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Para isso visitava todos os blogs, páginas do Facebook e vídeos do YouTube que tinham como tema o sobrenatural e fazia comentários dizendo o quanto era corajoso e que aquilo tudo era besteira.

Nem mesmo ele sabia quantos comentários fez e nem em que endereços eletrônicos os deixou, mas o fato é que ele fez isso durante muito tempo. Até o dia que uma pessoa desconhecida respondeu um de seus comentários.

Ele achou que seria mais uma dessas discussões que ele costumava ter, quando por horas tentava convencer a todos do seu ponto de vista. Gostava de demonstrar o quanto era inteligente por não acreditar em “seres imaginários” e no quanto o resto do mundo era burro por pensar que o sobrenatural existia. Se sentia superior por ter uma “inteligência fora do comum” e pensar desta forma.

Porém, a pessoa que respondeu seus comentários era diferente dos demais. Ele não parecia interessado em discutir, apenas lhe propôs que cumprisse quatro desafios: o primeiro desafio era algo simples. O estranho pediu que ele ficasse em silêncio em seu quarto e no exato momento que seu relógio marcasse a meia noite ele deveria estar no escuro, e em silêncio, pois assim ele acreditaria em fantasmas.

A princípio Arthur pensou em caçoar da “brincadeira”, mas como outras pessoas comentaram o desafiando a fazer o que o estranho dizia, ele se propôs aceitar a experiência, pois seria mais uma prova de que ele estava certo em pensar do seu jeito.

Então, Arthur ficou no seu quarto no escuro por um bom tempo. Pelos números do relógio que ficava ao lado da sua cabeceira pode ver que já havia passado da meia noite. Apesar de não ter visto fantasmas, sentiu um vento lhe assoprar o rosto e tratou de fechar a janela, pois não queria pegar um resfriado.

O segundo desafio foi algo mais simples, Arthur deveria acender uma vela, pegar um livro e colocá-lo em pé em uma mesa e fechar os olhos. Ele deveria fazer isso em um dia que estivesse sozinho em casa. E assim ele o fez… Tudo correu sem problemas, e apesar de não ter visto um fantasma ele se assustou quando o livro que estava na mesa veio a cair no chão. Passado o susto ele até riu sozinho.

Ansioso por terminar todas essas coisas Arthur perguntou qual seria o próximo desafio. O estranho lhe disse apenas para que ele esperasse pelo sábado de manhã que ele saberia o que fazer.

A semana passou rápida e Arthur ficou grudado em suas redes sociais para que o estranho lhe dissesse o que fazer, porém este não entrou em contato e nada aconteceu. Ele somente saiu da frente do computador quando o telefone tocou. Arthur atendeu e seu tio o convidou para ir visitá-lo, pois fazia tempo que ele não o via.

Impaciente Arthur disse que neste final de semana ele não poderia, pois tinha mais coisas a fazer, mas que na semana que vem, daqui a sete dias iria vê-lo onde ele estivesse.

– Você promete? Perguntou o tio.
– Sim tio… Prometo, irei onde o senhor estiver. – disse Arthur desligando o telefone em seguida.

O final de semana passou e o estranho não fez novo contato. Foi somente na segunda-feira que ele mandou um “oi” na sua rede social.

– Cara… – digitou Arthur. Fiquei te esperando no sábado de manhã. Você disse que ia me dizer o terceiro desafio… Como você não entrou em contato presumo que tenha acabado e que com todos os testes que fiz tenha sido provado que não existem fantasmas.

– Como assim? Você fez todos os testes e não acredita que fantasmas existem?
– Sim! Eu venci a aposta. Hahaha – Arthur riu vitorioso.
– Pois bem… Então eu vou lhe explicar tudo…
– Lembra quando você fez o primeiro teste? Um vento gelado não bateu no seu rosto?
– Sim! – disse Arthur curioso…
– Pois bem. – continuou o estranho… – Era um espírito que o assoprava. E da segunda vez… O livro não caiu no chão?
– Caiu. – disse Arthur ficando receoso…
– Então… Foi uma alma desencarnada que o derrubou…

Apesar de não acreditar em fantasmas, Arthur ficou com medo. Como ele sabia que essas coisas lhe aconteceram? Ele não havia contado para ninguém. O que estava acontecendo?

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– Não sei como você adivinhou essas coisas. Arthur digitou…
– Mas não quero fazer o terceiro desafio…
– Não quer? Mas você já o fez…. – digitou o estranho
– Como assim? – Arthur perguntou desconfiado.
– O terceiro desafio era fazer você falar com um morto… E você o fez!!! Seu tio morreu na cama, faz uns dez dias e até agora está lá deitado. Sua alma estava triste e sozinha, mas depois que você fez sua promessa ele se sentiu mais alegre…

Nesse exato momento sua mãe entrou chorando em seu quarto…

Arthur ficou pálido e seu corpo todo começou a tremer, ele sabia exatamente qual triste notícia sua mãe lhe daria, e lembrou da sua promessa:

“- Irei lhe ver tio… Onde o senhor estiver”…

Por: Iven_the_crazy

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