Nesse post, você encontrará a maior e melhor coletânea de Minicontos de Terror da Internet. Não perca nenhum, pois a atualização é semanal e constante:
Minicontos de Terror
Miniconto de Terror: O Reflexo
Você sabe quem eu sou. Não finja o contrário. Você me ignora e isso está me irritando. Eu te vejo todos os dias, desde quando você nasceu, mas você não sabe disso. Eu realmente queria conversar com você mas porque você não vem quando eu te chamo? Tento te convencer a vir usando as vozes de pessoas que você conhece mas você é esperto, não cai nessa. O máximo que faz é perguntar se alguém te chamou. Você ainda não sabe do que eu estou falando? Sabe quando você ouve alguém te chamar mas quando vê é só impressão? Era eu quem te chamava para me fazer companhia mas você era esperto e não ia. Ainda não sabe quem eu sou? Eu sou você. Eu sou seu reflexo. Por que não quis vir quando eu te chamei para trocar de lugar comigo no espelho?
hi_Anne faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: Do Inferno
Minha mãe me acordou no meio da noite. Nós tínhamos acabado de ir morar ali. Éramos só nós duas desde o divórcio. Ela me mostrou a casa do outro lado da rua que se consumia em fogo. Ligamos para os bombeiros, mas os homens ignoraram. Pela manhã a casa parecia intacta. E assim se repetia todas as noites. A velha casa consumia-se em chamas e pela manhã estava renovada. Um dia, uma vizinha explicou para minha mãe a crença local: A casa pertencera a um homem maldito que morto, mandava fogo do inferno como sinal de sua condenação. À noite, todos fechavam portas e janelas para não olhar aquele incêndio demoníaco.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: Rotting Whore
Ele gritou, chorou desesperado. Foram necessários quatro policiais para detê-lo. Em brados se dizia inocente! E sabe o que é pior? Depois de tantos anos de polícia a gente tem um instinto que acaba identificando quem é culpado, e de fato quem é capaz de matar, cometeu um deslize ou realmente não fez nada. Ele continuou dizendo que não a tinha matado.
– Meu amigo – disse o delegado. – Você não está sendo acusado de ter matado ela! O problema foi você ter levado o cadáver para o motel! – E o preso gritava, dizendo que a mulher estava viva quando a pegou na esquina. O delegado se impacientou:
– Meu amigo, a mulher já estava apodrecendo! – Olhei e juro que vi descrença e sinceridade nos olhos do acusado.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: Taras e Taras
Nada exasperava mais o agente de polícia civil que tarados! Na visão de Moraes, deviam morrer! Nem se devia discutir. Ele e a equipe estavam no encalço desse infeliz já há uns meses. O doente atacava homens e mulheres, prendia, violava e depois esfaqueava as vítimas no ânus! As vítimas não queriam nem falar. Era repugnante! E seria ainda pior, segundo as palavras do próprio policial. Descobriram o sujeito. Invadiram sua casa, o prenderam. Não houve resistência. Lá, incontável material pornográfico. No pescoço do tarado a coroa da sua depravação: um cordão com coisas esféricas, incontáveis anéis ressecados, difíceis de identificar. Certamente orgânico… Couro? A perícia entrou em ação e descobriu serem pedaços dê ânus recortados em circulo. Sim, eu queria guardar os cus das vítimas, disse o tarado.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: Para Sempre Assombrado
Meu marido dizia que ouvia vozes no trabalho dele. Que se sentia observado lá, que estava prestes a enlouquecer. Tinha certeza de que havia algo de ruim no prédio, que certamente era assombrado, cogitava até mesmo abandonar tudo. Eu não tinha paciência. São essas coisas que um casamento desgastado proporciona: pouca empatia. Discutimos, nos desentendemos. Fiquei firme, disse que nem queria mais ouvir falar do assunto. Um dia recebi a noticia: ele se jogara do vigésimo quinto andar! No seu celular, deixado no escritória, vi um vídeo. A mensagem de despedida e a gravação de sons estranhos, vultos. Não sei se é verdade, se faz sentido. Mas o que afirmo com certeza é que o edifício Joelma é mesmo um lugar ruim!
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: No Mato
Eu juro pra vocês! Pela minha filha! Há algo de pavoroso naquele lugar. Era um dia de alegria, leve, de banhos na cachoeira, na cidade serrana de Paraíso Alto. Afastei-me do pessoal por um instante, entrei na mata. Então num segundo o mundo mudou. Súbito eu estava cercado de silhuetas escuras, ululantes. Aquilo fez meu sangue gelar, arrepiou minha alma. Havia também uma coisa rondando ao redor, mexendo no mato. Fiz minhas necessidades na roupa, despenquei num abismo de pavor infinito. Estava perdido. Não sei quanto tempo passou. Quando finalmente saí da mata, me deparei com meu pessoal assustado e equipes de busca. Disseram eu que estava sumido há dois dias.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: O Guardião dos Mortos
Isa riu dos objetos de culto da mulher. Da estátua estranha, das flores. frutas e bebidas em volta do ídolo. “Macumba!”, Isa dissera. A mulher falou não, tentou explicar, contar do guardião dos mortos, mas a garota só fez piada. Disse que aquilo era uma coisa horrível para se ter no jardim de casa. Então a senhora xingou, a menina cuspiu nos objetos. Dias depois Isa começou a padecer. Não dormia, estranhava os rostos das pessoas, afirmava ver espectros e vultos observando-a continuamente. Ficou descabelada, louca. Contando sobre visitas constantes de fantasmas. Foi internada numa ala psiquiátrica. A senhora disse que lhe dera uma mostra do seu Senhor dos mortos.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: Noturno
Depois que comecei a estudar e trabalhar, senti mais facilidade para dormir. Mas, não tenho dormido bem nas últimas noites. Acordo assustado, com mau pressentimento. Fico tomado por uma sensação de pesar. Tento me mover, mas não consigo; preciso contar até dez, respirar fundo e então mexer.
Há três noites, senti a mesma sensação que descrevi, mais uma vez. Como de costume, iniciei a contagem para me acalmar e fui surpreendido por uma voz que encerrou minha contagem. Tentei gritar, mas minha voz não saiu.
Alguma coisa estava sentada em cima de mim, mas não conseguia ver ou tocar, apenas sentir algo me sufocando. Quando recuperei os movimentos, fui ao banheiro lavar meu rosto. Meu nariz sangrava. Sempre que passo por uma situação de estresse, meu nariz sangra. Lavei meu rosto, caminhei em direção a cozinha para tomar um copo de água. Feito isso, retornei ao meu quarto, afinal, em menos de duas horas eu teria que levantar para trabalhar.
Quando entrei no quarto novamente, com que pesar vi meu corpo ser devorado pela criatura que até então, só se alimentava da minha insônia.
Régis Di Soller faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: A Prece
Sofrendo com a morte do marido, a viúva fez diversas preces e orações para ter seu amor de volta. Ao acordar sentindo muito frio, percebeu que suas preces foram atendidas. Seu marido estava deitado em sua cama. Morto!
Régis Di Soller faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: O Pai e o Bebê
Durante uma noite chuvosa, uma mulher acorda com o choro de seu filho. Assustada, vai até o quarto da criança. Chegando lá, seu marido está cantando para que o bebê durma novamente. O pai e o bebê morreram anos antes numa tempestade.
Régis Di Soller faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: A Bruxa de Aragon
Em uma região montanhosa da Espanha chamada de Aragon morava em uma casa distante de todos uma velha senhora de aparência bem estranha.
Os boatos que circulavam era que ela era uma bruxa, todos a temiam por isso. Ofélia uma camponesa curiosa queria descobrir se era verdade.
Ela aproximou se da casa da velha e passou a observa- la.
A idosa fazia chás, cuidava de plantas, animais e quando era solicitada sua ajuda jamais negava a quem fosse.
Aragon parou de teme-la, depois que um surto de gripe devastou a região a velha com seus conhecimentos de plantas medicinais salvou a todos.
Ofélia estava desconfiada, até que uma menina caiu muito doente, culparam a velha e suas plantas. A idosa foi amarrada e queimada sem ter defesa.
Antes de morrer Ofélia finge lê uma oração pra ela e diz:
— Velha bruxa curandeira aqui só tem lugar pra uma bruxa, você não vai mais salvar a vida deles pois todas suas almas foram prometidas ao diabo.
Fábio Irado faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: No Cemitério
Minha namorada vivia falando dessa fantasia mórbida, de como gostaria de fazer amor comigo dentro de um cemitério. De modo um tanto atrapalhado consegui proporcionar para ela essa aventura. Nós somos jovens e sempre fomos ousados. O problema foi ela querer ficar repetindo essa experiência. Disse-lhe que era uma atividade perigosa e que inclusive podíamos ser presos por isso! Ela disse que ia dar um jeito, pois se preocupava com nossa segurança. Quão grande foi minha surpresa quando cheguei na sua casa e me deparei com um caixão velho e um cadáver ressecado. E ela empolgada, começou a me explicar como invadira o cemitério e, sozinha, trouxera parte dele. Eu comecei a tirar a roupa.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: Zwei Morder
Nós éramos jovens, recentemente saídos da escola e fizemos uma aposta pra ver quem ia ficar com a garota. Depois de uma série de desafios que incluíam passar a noite numa casa assombrada, conseguir itens inusitados, queda de braço, eu ganhei a disputa. Meu amigo se esforçou bastante, suando muito nas provas que exigiam força física. Pra mim não foi nada difícil. Confesso que foi a cabeça mais fácil que ganhei na vida. E o engraçado foi que o derrotado teve que, ele mesmo, cortar a cabeça dela.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: Confissões
Dizem que quando a gente mata as pessoas, depois de um tempo consegue ver seus espíritos. Fica cercado de fantasmas de quem você tirou a vida. Também dizem que em outra existência, esses vão ser seus escravos, o que eu acho um exagero e uma bobagem sem tamanho. Penso que só quem tem problemas mentais consegue ver e ouvir essas coisas. Suas mentes problemáticas devem inventar isso. Deve ser horrível ter perturbações a esse ponto. Não conseguir diferenciar as coisas. Eu, por mais que tenha desejado, nunca vi um fantasma na vida. No máximo escuto o demônio falando comigo, me dizendo pra continuar matando as pessoas.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: A Fuga
O acontecimento causou vários problemas administrativos. Embora as análises técnicas do prédio moderno, da nova delegacia tenham sido inconclusivas. Os policiais conduziram devidamente a mulher andrajosa que se dizia ser uma alma de outro mundo. Ela garantia isso diante dos risos desdenhosos do delegado. Foi trancada na cela por ter agredido os homens que tinham invadido o casarão abandonado. A mulher franzina de olhos tristes se dizia guardiã da velha residência. Mas no outro dia, ela simplesmente não estava mais lá. A cela permanecia trancada, não havia qualquer sinal de fuga e o circuíto interno de TV mostrou apenas uma bruma se esvaindo pelo corredor, o que foi considerado um defeito da imagem. A coisa ficou ainda mais complicada quando o delegado foi encontrado morto na mesma cela dias depois.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: Maternidade
Doris gostava muito de crianças. Costumava reunir a meninada do bairro na calçada a noite e contar-lhes histórias. O fato de não poder ter filhos, exacerbava os instintos maternos da mulher solitária. A mulher tinha 45 anos e tinha se conformado, sabia que não teria mais um filho do próprio ventre. Jovem ainda, no consultório médico descobrira que era infértil. O marido a abandonara. Vivia com o pai, velho e cego. Sentia-se incompleta e isso só acabou quando matou uma das crianças e devorou sua carne.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: Meio Dia dos Mortos
A noite era terrível. Sempre havia uma presença pesada e invisível. Já escutara incontáveis relatos de manifestações sobrenaturais. Os mais velhos diziam que isso era coisa comum em hospitais, lugar onde as pessoas atravessam os mundos. Aprendi a driblar os corredores, os cantos mais medonhos e a ignorar os sons e sussurros pavorosos e inexplicáveis. Como enfermeiro, fazia meu trabalho concentrado só nas angustias desse mundo, afastado do inexplicável. Mas, em certa ocasião, ao meio dia, vi a coisa mais sinistra: Um homem escuro, a pele tostada, olhos esgazeados, cruzar a enfermaria e sumir no ar. Só depois eu soube que, na quarto vizinho, um queimado acabara de falecer.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
Miniconto de Terror: O Cicerone
Ele caminhava por entre as ruínas da cadeia pública. Via a extensão do terreno pensando no projeto. Um sujeito de pele morena se aproximou. Contou que estivera preso ali muito anos atrás, quando era jovem e fazia besteiras. O engenheiro o examinou de alto a baixo. Pensou na quantidade de homens como aquele que tinham passado por ali. A prisão funcionara por mais de 80 anos. Quantas histórias terríveis não teriam tido espaço ali. O sujeito continuou falando, contando da violência que vivenciara, os lugares onde aconteceram. Ele e o engenheiro seguiram caminhando. O ex-preso contando coisas incríveis e terríveis. Saíram de um dos pavilhões e encontraram a equipe. – Com quem está falando, doutor? – indagou um dos homens ali vendo-o sozinho.
Jorge Raskolnikov faz parte do acervo de Minicontos de Terror do Mundo Sombrio
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