A Lenda do Mapinguari

por Mundo Sombrio
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A LENDA DO MAPINGUARI MUNDO SOMBRIO
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Segundo a lenda, o Mapinguari é lento, feroz e perigoso. Evita corpos d’água, o que limita seus movimentos em uma área onde existem muitos rios, riachos e lagoas.

A maioria dos relatos afirma que a criatura é carnívora, embora não necessariamente comedora de humanos. Quando sente humanos, fica de pé nas patas traseiras e chega a ter 2,10 metros de altura. O animal noturno tem um andar pesado como os ursos pardos.

Segundo alguns relatos, a criatura possui características relacionadas a outros seres absurdos da mitologia brasileira, como patas traseiras, garras compridas, pele de jacaré e uma segunda boca na barriga.

A Lenda do Mapinguari é amplamente registrada em inúmeras localidades na Amazônia e descrito como uma criatura parecida com o pé-grande. A maioria entende ele como uma preguiça-do-solo gigante e peluda que pode ficar sobre duas pernas, parecendo um homem-macaco.

Estátua do mapinguari
Estátua do Mapinguari

Os Karitiana, povo de língua Arikém (Tupí) que habita o estado de Rondônia, também falam sobre o Mapinguari – termo com o qual eles nomeiam, em português, o monstro que, na sua língua, chamam Owojo ou Kida harara –, relatando terríveis encontros com a criatura nas matas regionais.

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Os nativos afirmam que, quando ele assusta alguém, ele exala um fedor fedorento de seu estômago. Diz-se que tem um focinho achatado e, normalmente, move-se desajeitadamente sobre quatro patas. É um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo.

A criatura não é silenciosa, emite gritos altos e consistentes, e corre pelas matas quebrando galhos, derrubando árvores e deixando rastro de destruição por onde passa. Muita gente acredita que a origem da lenda do Mapinguari seja o megatério, ou preguiça-gigante, um animal pré-histórico que vivia nessas terras até 10 mil anos atrás.

A lenda do mapinguari mundo sombrio
Mapinguari

Primeira Expedição atrás do Mapinguari

Paulo Aníbal G. Mesquita foi ao interior da Amazônia após conhecer a lenda do Mapinguari e pretendia investigar a possibilidade de que esse criptídeo ainda exista e seja o último da megafauna da Amazônia.

São animais de grande porte de uma determinada região ou época. Geralmente, eles são definidos como animais que pesam entre 500kg e mais de uma tonelada.

O grupo de Mesquita investigou relatos do Mapinguari em algumas partes remotas das selvas amazônicas. Eles coletaram muitos relatos de pessoas que viram o tal Criptídeo. Um deles teria atacado um senhorio em uma vila ao norte de Mato Grosso.

Mapinguari – Mito ou Criptídeo?

Não está claro se o Criptídeo existe realmente. O ornitólogo David C. Oren, chefe da Divisão de Zoologia do Museu Emilio Goeldi em Belém no Pará, passou oito anos coletando relatos sobre a tal criatura.

Suas descobertas sugerem que o Mapinguari pode ser um descendente do Megatherium, uma espécie que se acredita estar extinta, e ele especulou que pode ser um Mylodon sobrevivente.

Megatherium
Megatherium

Megatheriinae era um grupo de preguiças terrestres do tamanho de elefantes que viveram de 2 milhões a 8.000 anos atrás. Seus parentes menores do tipo preguiça terrestre eram os Mylodon.

Ao contrário da preguiça-das-árvores moderna, o Megatherium foi um dos maiores mamíferos que já existiram no planeta Terra. Pesando quase tanto quanto um elefante africano, tinha enormes garras nas patas.

Fósseis de suas pegadas mostram que ele andava principalmente sobre as patas traseiras. Quando estava nas patas traseiras, tinha cerca de seis metros de altura. O Megatério tinha um esqueleto com uma grande cintura pélvica e uma cauda larga e musculosa.

Seu grande tamanho possibilitou a alimentação em alturas inacessíveis a outros animais contemporâneos. Erguendo-se nas patas traseiras e usando a cauda para formar um tripé, o Megatherium era capaz de suportar o peso do corpo enquanto usava as patas dianteiras com garras curvas para puxar os galhos altos.

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Acredita-se que sua mandíbula grande e profunda tinha uma língua comprida que usaria para puxar as folhas para dentro da boca, como fazem as preguiças de hoje.

Possivelmente, uma grande mudança climática foi um dos fatores que levou à extinção das preguiças gigantes. Muitos fósseis do grupo Endedata-Pilosa de preguiças terrestres gigantes foram encontrados em toda a América do Sul.

Alguns foram extintos recentemente, em termos geológicos, há 6.000 anos. Segundo a pesquisa, durante o tempo em que viveu a megafauna, a Amazônia não era uma floresta tropical, mas uma savana, onde as florestas estavam confinadas ao mais longo dos grandes rios

Oren coletou evidências para provar a existência do Mapinguari, mas algumas das quais eram fezes de tamanduá, pele de cutia, rastros inconclusivos e marcas de garras de árvore.

Ele ainda considera a criatura real, altamente elusiva, extremamente rara e que evita o contato humano. Até que um espécime vivo seja capturado ou um cadáver seja encontrado, o Mapinguari permanece uma criatura lendária no imaginário do povo amazônico.

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